Antônio João Elias de Oliveira se destacava na cidade e no Brasil com aqueles que conheciam seu talento de humorista: João Elias na televisão, personificava o Salim Muchiba. Para os que privavam da sua amizade: apenas, João.
Ele estava internado, havia 90 dias, no Hospital Padre Albino, em Catanduva, onde passou por uma cirurgia vascular de carótidas. Segundo a família, durante a cirurgia João Elias sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) e ficou internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital. “Depois de 44 dias ele foi para o quarto, mas nesta sexta ele piorou e voltou para a UTI”, disse Nazira Márcia Elias de Oliveira, casada há 46 anos com o humorista com quem teve três filhos.
Sua vida
Aos vinte anos João Elias escrevia poemas como, via de regra, a maioria dos estudantes do ginasial o faziam. Era igual aos cinco outros jovens que, com ele, completavam a Viola de 6 cordas, nome de um grupo de intensa atividade literária, constantemente estimulado pelos professores do histórico Instituto de Educação “Barão do Rio Branco”, onde estudava.
Em 1966, João publicava sua primeira obra escrita. Um opúsculo, com quarenta páginas e dezessete poemas, que já anunciava uma linguagem que iria inundar esta obra atual em prosa com um teor lírico indisfarçável.
A ilustração da capa da primeira obra era também de sua autoria, como que prenunciando o seu talento diversificado. Era um sintoma da sua manifestação nas letras e das suas experiências nas artes plásticas modernas, pois, já em 1959, participava do III Salão de Pinturas de Catanduva com a precocidade dos seus quatorze anos, portanto, sete anos antes de vir à luz o seu primeiro livro.
Atualmente, suas pinturas abstracionistas espalham-se por várias coleções particulares.
João Elias começou a carreira como humorista na Rádio Difusora, em Catanduva, em 1958. Ele chegou a trabalhar como repórter no Diário da Região no final dos anos 1980. Além de humorista era pintor e escreveu sete livros, sendo o último intitulado “Tonico e Jesuíno – casos de um, piadas do outro”, lançado em 2013, mesmo ano em que recebeu uma homenagem da Câmara Municipal de Catanduva no dia do comediante.
Homenagens encontradas nas mídias Sociais ao humorista
Antonio Jayme: ” O artista é um sonhador que se consente em sonhar o mundo real… Quero hoje prestar uma homenagem ao meu amigo João Elias, catanduvense, um dos maiores humoristas desse país! E sabe quando sente-se a dimensão de um artista? Quando percebe-se que ELE será sempre ELE, independente do tempo ou da exposição da mídia. João Elias é e será sempre João Elias! Pôxa, isso é ocupar realmente um lugar no mundo!!!
E além de humorista, ator e artista plástico, o eterno Salin Muchiba também é um escritor dos mais brilhantes. Seu livro “Casos de Chico Bento – Verdadeiros ou Quase” não tem nada de quase. É verdadeiramente fantástico. Para comprar seus livros e contratar suas maravilhosas palestras é só acessar o site: www.palestrantejoaoelias.com.br.Imperdível. João Elias, obrigado pela arte e pela alegria que vc espalha nesse mundo tão conturbado. Você dignifica a raça humana. Beijossss.”
Resposta: Jayme, depois dessas palavras refleti sobre meu desafeto com a existência (todo artista, sobretudo o humorista, é mal-humorado) e senti que minha vida não me pertence mais desde que me tornei um homem público, porém às pessoas, especialmente a você, querido fã e amigo. Deixarei de ser amargo, você mostrou que tenho a obrigação de agradecer pela vida. Um grande beijo e uma Pascoa bastante feliz.
Regina Maura Siqueira Canhadas Spanazzi : Grande João Elias vc é e sempre será o orgulho dos catanduvenses não só pelo grande artista que é mas tb pelo exemplo de homem íntegro e de muito valor. Tenho fotos do show Que fizemos juntos, no ginásio CATANDUVA. S
Resposta: Bons e agradáveis tempos! Não mereço tantos elogios, mas que enchem de orgulho, me enchem. Beijos, querida!
Rodrigo Caruzo: Olá sou Catanduvense, mas hoje moro em Limeira/SP. Trabalhei no Clube de Tênis Catanduva e conheci o seu filho que jogava ou ainda joga Tênis! Era adolescente é na época assistia o Salim na escolinha. Vi o João Elias duas vezes no clube e tenho o maior carinho em dizer que já o vi pessoalmente e que somos conterrâneo.